Roger Gracie estreou no UFC com um fardo pesado nas costas,  o seu sobrenome, a expectativa era muito grande em cima do Gracie, com seu Jiu-Jitsu de alto nível, uma envergadura excelente para categoria, Roger dominou o primeiro roun todos esperavam a vitória, mas esqueceram de avisar Tim kenedy que não tomou conhecimento de Roger Gracie e venceu com tranquilidade o 2° e 3° round levando a luta para decisão.

Ficou nítido o cansaço de Roger Gracie  após o fim do primeiro round, tudo indica que não se recuperou após a pesagem, fica  a dúvida s e ele não está na categoria errada, e não deveria subir.

Em entrevista ao site Tatame, Roger fala sobre a derrota e seu futuro no MMA.

Confira a entrevista completa: 

Muito se falou sobre sua queda de rendimento no combate. Afinal, o que aconteceu?

Eu não consegui lutar porque cansei desde o começo da luta e vi que não estava me recuperando nos intervalos dos rounds. No terceiro, eu estava exausto. Para falar a verdade, não sei por que cansei tanto. Dessa vez eu achei que estava fisicamente melhor do que das outras vezes. Treinei melhor, no gás e até a perda de peso foi mais fácil do que das outras duas vezes que lutei nessa categoria. Achei que estaria super bem, mas durante a luta aconteceu o contrário. Não sei dizer se foi a perda de peso, não sei explicar. Contra o Tim Kennedy, o primeiro round foi muito movimentado, o derrubei duas vezes, mas nada de extraordinário. Fico me perguntando por que cansei e não sei. Não foi cansaço de luta, o ritmo do 1R não deu para matar ninguém, mas fiquei exaurido. Estou esperando o resultado do exame de sangue que eu fiz para ver se meu nível de hormônio estava baixo, se tinha algum vírus no meu corpo que não veio à tona ou algo assim…

Existe a possibilidade de você ter se cansado pela ansiedade provocada pela estreia e pela pressão da volta de um Gracie ao Ultimate?

Mais ou menos, não fiquei muito nervoso. Não me senti fisicamente tenso, que pudesse me afetar. Senti um nervosismo normal. É impossível ficar no zero, mas nada de extraordinário.

A derrota já foi digerida ou você ainda fica pensando na luta?

Eu não a digeri. Fico o tempo inteiro pensando nisso. O que me deixou muito chateado não foi ter perdido, e sim, não render o que estava esperando. Dá uma sensação de frustração. Comecei a luta super bem, porque ele é um cara duro de ser derrubado e consegui, peguei as costas… Houve pontos positivos na luta, que nesse sentido fiquei feliz de ter feito, mas frustrado por não ter energia para acabar a luta de um jeito bom. Uma coisa é perder quando dou tudo de mim, não há o que fazer. Outra é perder porque não tinha gás, não tinha energia para responder na luta.

Existe a chance de você subir de categoria?

Existe. Estou considerando essa hipótese. Para continuar nessa categoria e acontecer o mesmo dessa luta, eu me aposento, desisto do Vale-Tudo (risos) ou tenho que ver um jeito da perda de peso não me afetar.

Apesar do revés, como foi estrear no UFC?

A experiência de lutar no Ultimate foi ótima. É um mega evento, tem uma mídia muito grande, uma visibilidade muito maior e é super organizado. Lutei em Las Vegas, as outras cidades que lutei eram menores, não tão legais. Foi um dos maiores evento do UFC no ano.

Espera voltar ao octógono até o fim do ano?

Eu espero que sim. Ainda estamos na metade do ano, já lutei duas vezes… Estou treinando de novo para não cansar nunca mais.

Deu para assistir ao combate do Anderson? O que achou?

Eu assisti no vestiário. Ele lutou daquele jeito que normalmente faz, tentando abalar o psicológico e acho que ele estava conseguindo. O Weidman diminuiu o ritmo no segundo round e, até ser nocauteado, a luta estava praticamente ganha pelo Anderson, na minha visão. Ele passou do ponto na brincadeira de querer tirar onda com o adversário, abusou da brincadeira que faz dentro ringue. Ele já tinha feito isso outras vezes e não deu nada, desta vez, ganhou um cruzado no queixo. Ele abusou da confiança e levou a situação ao extremo, dando muita chance ao azar.